por Lucia Fonte Boa | mar 10, 2022 | Blog, Colunistas |
O Reiki é uma terapia muito difundida no Brasil, porém, muitas pessoas ainda não conhecem. Por esse motivo, acredita-se que para receber Reiki é preciso ter uma religião específica ou que se trata de uma prática espiritualista. Mas isso não é verdade. Hoje, a ciência já estuda muito essa prática, mostrando vários benefícios que ela possui.
Trata-se de um sistema terapêutico que foi desenvolvido, em 1922, por Mikao Usui, um cidadão japonês. Após um retiro de 21 dias no Monte Kurama, Usui tomou consciência de uma energia que harmoniza e auxilia no processo de autocura. Segundo ele, “o Reiki se trata de um método de cura natural através da energia”.
Colocar as mãos sobre o corpo humano para aliviar a dor e gerar bem-estar é um ato instintivo. Quando a criança está doente, ela pede que a mãe a toque para que se sinta melhor. Quando machucamos ou sentimos uma dor, nosso primeiro impulso é colocar a mão para sentir alívio.
Uma Energia Universal
Entende-se que o Reiki é uma Energia Universal, que está em todos os lugares e que tem uma frequência abrangente e vital. O propósito dessa energia é o auxílio no processo de autocura. Isso quer dizer a capacidade que todos nós temos de nos curar, de colocar o nosso sistema em harmonia. Além disso, gerar relaxamento do corpo e da mente, alívio de pequenas dores, equilíbrio das emoções, causando bem-estar de forma prolongada.
Para entender o que é Reiki, é preciso entender primeiro que tudo é composto de energia. Um corpo vivo irradia calor e energia, assim como tudo que está ao nosso redor. A prática não se esgota e consiste na união da energia universal REI, que está em todos os lugares, e a energia KI que representa a “energia da força vital”. Ou seja, o KI anima nossos corpos, está em nós e nos dá vida.
Logo, o Reiki é uma união entre essa energia que está em tudo. Ela não tem polaridades, com a energia do nosso corpo, comum a todos os seres vivos e matéria. Dizer que o Reiki é uma energia que não tem polaridade significa que recebemos na quantidade necessária para nós, para aquilo que estamos precisando no momento.
Sentir a Energia Universal é como sentir vida pulsando dentro de nós, trazendo alívio para nossa mente e emoções, relaxamento e vitalidade.
Quem pode usar o Reiki?
A aplicação desse sistema terapêutico é bem extensa, podendo ser aplicado em adultos, crianças, gestantes, animais, ambientes. É uma energia que trabalha a harmonização de todos os nossos corpos, corpo físico, emocional, mental e espiritual. Um método simples que não tem contraindicações, se tratando de uma terapia natural, porque não faz uso de nenhum medicamento e não utiliza instrumentos acessórios.
O SUS considera que o Reiki é uma terapia complementar e integrativa. Isso significa que se trata de um método que complementa tratamentos convencionais, ampliando os seus efeitos positivos. Aqui, é importante entender que a prática não exclui tratamentos convencionais quando eles são necessários. Na verdade esse sistema terapêutico irá complementar de forma a trazer mais qualidade de vida, alívio de ansiedades, medos, angústias, ampliando os efeitos benéficos desses tratamentos.
Em meus atendimentos já recebi pessoas em tratamentos pesados de quimioterapia em que o Reiki auxiliava bastante na ansiedade e medo. A prática trazia mais confiança e relaxamento para que a pessoa pudesse passar pelo tratamento, que se fazia necessário, com mais qualidade de vida. É preciso entender que o Reiki não promete cura de nenhuma doença e sim a harmonização do sistema, como um todo, a fim de gerar equilíbrio e bem-estar para que a saúde se estabeleça.
Como funciona o Reiki?
E então como funciona a aplicação do Reiki? Primeiramente, o Reiki se dá através da imposição de mãos. Entretanto, é importante frisar que existem outros métodos de imposição de mãos que não são considerados Reiki. A diferença então é que cada método vai interpretar a energia de uma forma distinta, cada método é um.
Para Mikao Usui o Reiki é uma energia que está em todos os lugares, está em você e em tudo que o rodeia. Assim, quando faço uma aplicação, a minha energia passa a ter uma vibração semelhante a vibração da energia Reiki. Dessa forma, a vibração da pessoa que está recebendo passa a ser semelhante à minha. Ou seja, o terapeuta não doa a sua energia vital para a pessoa. Ele apenas auxilia que a energia dela vibre em uma frequência próxima a frequência do Reiki. E o “veículo” que fará essa equalização entre a energia da pessoa e a energia Reiki são as mãos. O terapeuta vai tocar de forma suave ou ficar com as mãos a uma curta distância do corpo da pessoa a fim de deixar fluir Reiki.
E para que o Reiki flua é necessário, apenas, que a pessoa esteja aberta a receber essa energia. Caso contrário ela não fluirá, ou seja, trata-se de uma energia passiva, não sendo imposta a ninguém.
O Reiki é um sistema simples, terapêutico, complementar e integrativo, que pode ser utilizado em qualquer lugar, momento ou situação. Em resumo, ele é composto de técnicas que nos ajudam a equilibrar nossa mente, corpo e emoções, aumentando nossa energia e auxiliando na manutenção do bem-estar.
Lúcia Helena Fonte Boa
Terapeuta Reiki
Bibliografia
Magalhães, João. 2021 – O Grande Livro do Reiki – manual prático e atualizado sobre a arte da cura, níveis 1, 2 e 3. Desperte para o Reiki: a arte secreta de convidar a felicidade. Rio de Janeiro: Bambual Editora.
Stein, Diane. 2016 – Reiki essencial – manual completo sobre uma antiga arte de cura. São Paulo: Editora Pensamento.
Madureira, Joana. 2017 – Artigo: O que é Reiki, afinal?
por Analu | fev 22, 2022 | Blog |
Você está 100% satisfeito com a sua realidade? Se existe algum ponto na sua vida que te preocupa ou que você gostaria de melhorar, responda com sinceridade a próxima pergunta:
Você já tentou melhorar a sua vida?
Se respondeu sim, está no caminho certo. Primeiramente, você se movimentou e isso é muito importante.
Provavelmente algumas coisas na sua vida mudaram para melhor e surgiram novas dificuldades, é assim mesmo.
A boa notícia é que a raíz de várias das questões que te afetam pode ser trabalhada. Dessa forma você resolve diversos empecilhos da sua vida e evita que o mesmo problema se repita mais vezes.
Perceba seus pensamentos
Eles são muito mais poderosos do que você ou eu somos capazes de imaginar e representam uma ferramenta potente de transformação da realidade.
É uma afirmação auspiciosa, eu sei, mas os resultados são incríveis na medida em que você se dedica. Não é mágica, é método, estudo e disciplina.
Continue a leitura que vou te ensinar o Thetahealing: como usar suas palavras e pensamentos para alcançar o que deseja em sua vida.
E se já faz isso, lembre-se de que sempre há algo novo a aprender. Assim as possibilidades de crescimento são infinitas. Então esse conhecimento também é para você.
Você
Aceitar que os seus pensamentos e palavras criam a sua realidade é perceber-se como responsável pela sua vida, inclusive pelos seus problemas. De fato, isso dá um medo tremendo.
Talvez a ideia de que você cria até as coisas que não gosta te pareça insana, mas isso não é culpa sua.
Você não sabia que tinha todo esse poder e muito menos como usá-lo.
Imagine uma criança bem pequena que ganhou um carrinho de controle remoto, mas não sabe como fazê-lo andar.
Talvez ela comece a brincar com o controle e estrague o carrinho sem perceber;
Talvez ela largue o controle de lado e tente fazer o carro andar com as mãos;
Talvez outra criança pegue o controle e comece a brincar…
Essas são apenas algumas possibilidades do que poderia acontecer. Você é como essa criança pequena, recebeu em mãos o controle da sua vida, mas não sabe onde o deixou ou como usá-lo.
Está no momento de recuperar o poder sobre seus pensamentos e palavras e o controle da sua vida. Vamos começar a usá-los para chegar onde deseja.
O primeiro passo é prestar atenção às frases que você usa para expressar suas ideias e aprender a interpretá-las:
Preciso de um emprego
Provavelmente você deseja ganhar dinheiro. Certamente, quando diz que precisa de um emprego, se fecha para outras possibilidades.
Preciso perder peso
Você está afirmando que tem essa necessidade. Seu corpo continuará criando as condições para que ela exista.
Não tenho dinheiro
Afinal, essa frase bloqueia a sua prosperidade de diversas formas. Acima de tudo, é impressionante a quantidade de vezes que essa frase é repetida.
Comece a reparar, talvez você responda isso para seus filhos, vendedores ou pessoas em situação de rua. Mas essa afirmação traz resultados negativos e palpáveis para a vida.
Outras frases comuns que te impedem de realizar o que deseja:
Não tenho tempo.
Não tenho paciência
Não tenho condições
Estou velho demais/cansado demais
Sou devagar demais
Sou ansioso demais
Sou gordo demais
Sou magro demais
Sou fraco demais…
Os exemplos são inúmeros. Percebe então como as pessoas são criativas para dificultar a própria vida?
Você deseja atingir um objetivo, mas não sabe como comunicar isso. Então acaba por se perder no caminho.
Perceba que assumir o poder sobre a própria vida é algo simples, mas não é fácil.
Convido você a fazer o seguinte exercício do Thetahealing:
Preste atenção às suas palavras e pensamentos ao longo do dia.
Quais deles te aproximam da pessoa que você deseja ter e quais te afastam?
Faça essa reflexão durante 3 dias. Então, no final de cada dia escreva todos os pensamentos e palavras que você conseguir se lembrar e separe em duas listas.
Lista 1: Frases me aproximam da pessoa que desejo ser.
Lista 2: Frases que me distanciam da pessoa que desejo ser.
As crenças que te aproximam de quem você quer ser estão no caminho certo. Então vamos trabalhar com as palavras e pensamentos do Thetahealing que te distanciam do que você deseja.
Pegue a lista de número 2 e na frente dela faça uma nova lista.
Lista 3: Novos pensamentos.
Para cada frase presente na lista 2 você vai escrever uma frases com o sentido contrário.
Por exemplo:
Para a frase “Não tenho dinheiro” você pode escrever:
“Eu escolho cuidadosamente onde aplicar meu dinheiro para que ele se multiplique” ou “Eu tenho dinheiro para investir naquilo que tem valor para mim”.
Talvez você não queira responder isso para outras pessoas. Então você pode responder “Meu dinheiro está direcionado para atender outras necessidades”. Ou “ Vou me programar para realizar esse investimento no futuro/em breve” ou “no momento não será possível te atender”.
Já para a frase “preciso perder peso” você poderia escrever: “eu desejo ter um corpo mais saudável” ou “eu desejo ter um corpo mais esbelto”.
Agora, toda vez que você pensar ou dizer todas as frases da Lista 2, você vai repetir para você mesmo. Pode ser em voz alta ou em pensamento, a frase positiva da Lista 3.
No seu tempo
Tenha paciência com você mesmo. Quando você se esquecer de dizer ou pensar a frase positiva logo em seguida, afirme ela depois, no momento em que se lembrar. O importante é a constância e a repetição para que a nova frase seja assimilada pelo seu subconsciente.
Uma maneira mais simples de realizar essa substituição dos seus padrões de fala e pensamento é através do Thetahealing. Esse método atua diretamente na raíz das ideias e comportamentos e altera suas crenças através da frequência Theta.
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Analu Soares
Terapeuta Theta Healing
por Lucia Fonte Boa | fev 22, 2022 | Blog |
O que sabemos a respeito da história do Reiki e de Mikao Usui, seu fundador é através do memorial do mestre Usui. Esse memorial foi feito por alguns alunos na sepultura no templo budista Saihôji da Terra pura, em Tóquio. Mikao Usui nasceu em 15 de agosto de 1865, na província de Gifu. Foi um homem talentoso e esforçado, que quando criança estudava com monges budistas e praticava artes marciais. Era um leitor voraz e se interessava por diferentes áreas do conhecimento, sobretudo psicologia, medicina, história, entre outras. Mesmo com habilidades acadêmicas excepcionais, tudo indica que não teve sucesso e passou por algumas dificuldades que não são especificadas no memorial. Apesar dos desafios, segundo seus alunos, Usui nunca perdeu a coragem ou a vontade de seguir em frente.
A energia Reiki
A energia Reiki se manifestou na vida de Mikao Usui quando ele decidiu realizar um retiro no Monte Kurama durante 21 dias. Nesse período ele sentiu um impulso de energia (Reiki) em sua cabeça, descobrindo esse sistema de cura. Primeiro testou esse método em si mesmo e depois em sua família, tendo ótimos efeitos e resultados. Entendeu, então, que esse sistema deveria ser partilhado com mais pessoas. Isso o levou a fundar a Gakkai, em abril de 1922, escola em que iniciou o tratamento e ensino da terapia Reiki. Usui criou o método Usui Reiki Ryoho a fim de promover a saúde do corpo e da mente, usando a energia do Universo (Reiki).
Outras referências da prática
Além de Mikao Usui, fundador do sistema tradicional Reiki, outras duas pessoas foram fundamentais para que a história do Reiki fosse difundido no Ocidente.
Chujiro Hayashi iniciou sua trajetória no Reiki em 1925, aos 47 anos. Era médico e oficial da marinha e talvez um dos últimos mestres iniciados por Mikao Usui. Após a morte de Usui, Hayashi então abriu sua própria clínica de atendimento e ensino do Reiki, tendo formado vários mestres, dentre eles Hawayo Takata.
Takata nasceu no Havaí e em 1935 viajou para o Japão a fim de receber tratamento para um grave problema que tinha na região abdominal. Foi nesse momento que recebeu seu primeiro tratamento de Reiki. Ela se tornou aluna de Hayashi e depois de iniciada no nível 2 do Reiki, retornou ao Havaí. Em 1938 se tornou mestre e com a ajuda de Hayashi, e então Takata abriu uma clínica no Havaí, levando o Reiki para fora do Japão pela primeira vez. Ele acabou se tornando uma referência na difusão do sistema no ocidente.
Sua intenção era tornar o Reiki mais compreensível para os ocidentais. Para ela, Reiki significava a energia vital do Universo, a energia que está em cada pessoa e, quando concentrada e aplicada irá “curar” todas as enfermidades.
Sendo assim, Takata começou a ensinar Reiki nos Estados Unidos e Canadá, iniciando outras pessoas, as quais seriam responsáveis pela divulgação inicial desse sistema terapêutico. O resultado disso, foi a “explosão” do Reiki por todo o mundo e nesse caminho entre o Oriente e o Ocidente a terapia evoluiu para atender as necessidades das diversas pessoas que o praticam.
O Reiki na modernidade
Por certo que o entendimento que temos desse sistema terapêutico sofreu mudanças nos últimos 10 a 15 anos. É possível encontrar algumas alterações da verdadeira história do Mestre Usui, como, por exemplo, que ele era padre ou teólogo. Entende-se, hoje, que essas alterações foram introduzidas na história para que o Reiki fosse aceito de uma melhor forma aqui no Ocidente.
Entretanto, vários pesquisadores começaram a estudar mais sobre o Reiki e foram até o Japão para entender melhor como se deu realmente a história e como o Mestre Usui ensinava.
Com a passagem de 100 anos da descoberta do Reiki até os dias de hoje, vários sistemas foram criados e assim coexistem com o sistema tradicional Usui.
Mikao Usui criou um método simples para acessar essa energia e por isso é natural que não haveria apenas um. Trata-se, então, de um sistema que irá sempre evoluir e o que importa não é o método mais sim a energia. Não há métodos melhores que outros, o que há é a energia Reiki que, independentemente do método, produz os efeitos esperados.
Cada pessoa irá escolher qual método deseja aprender e aplicar, o importante é que o Reiki está disponível a todos e segue sendo praticado e ensinado em todo o mundo como uma energia de amor e tolerância, e por isso somos gratos.
Lúcia Helena Fonte Boa
Terapeuta Reiki
Bibliografia
Magalhães, João. 2021 – O Grande Livro do Reiki – manual prático e atualizado sobre a arte da cura, níveis 1, 2 e 3. Desperte para o Reiki: a arte secreta de convidar a felicidade. Rio de Janeiro: Bambual Editora.
Mckenzie, Eleanor. 2010 – A bíblia do Reiki – o guia definitivo para a arte do Reiki. São Paulo: Pensamento.
por Elaine Assis | fev 22, 2022 | Blog |
Para entendermos melhor as Ordens do Amor, Bert Hellinger traz a clareza de 3 níveis de consciência que pertencem ao nosso Ser.
É a Consciência Individual, a Coletiva e a Ampla.
“Todo destino está a serviço da vida. Está a serviço do destino coletivo. Está guiado por algo maior, está guiado pelo amor.” Bert Hellinger
Durante uma constelação conseguimos perceber essas diferenças quando temos a clareza de cada uma dessas consciências.
Enquanto estamos no processo de conflito não conseguimos ver onde está a identificação do problema e seu nível de consciência. E tentamos resolver tudo pela consciência mais consciente, aquela que temos mais clareza do aqui e agora.
Então, é importante para o terapeuta e também o cliente ter a clareza desses níveis e como eles atuam em cada um de nós.
Diante disso, vamos agora aprender um pouco mais sobre cada uma dessas consciências.
Consciência Individual
Dos três níveis de consciência, a consciência individual é a que está localizada no nível mais consciente da consciência, a noção do aqui e agora. Ela nos dá a sensação de estar fazendo algo bom ou ruim, de acordo com aquilo que aprendemos com o nosso sistema familiar.
Por exemplo, imagine que no seu sistema familiar você aprendeu a tomar café com leite todos os dias e isso é uma “verdade” dentro da sua família, portanto, pra você também. E você cresce com esse costume tão natural e de repente, você se vê num trabalho, onde o lanche é servido sem o leite e você fica com vergonha de levar o leite todos os dias numa garrafinha para misturar ao café. Qual é a sua sensação? De imediato, você não se lembra que isso é uma lealdade a sua família, mas sente que não há naquele ambiente algo que leve você a uma memória afetiva, aquilo que liga você a sua família de origem.
E quando você fica sem essa informação, seu cérebro entende que está fazendo algo “errado” e assim, você se sente excluída de alguma maneira.
Então, a sensação de estar fazendo algo diferente do que aprendeu, nos remete a um estado de exclusão.
Portanto, se me sinto com uma boa consciência, significa que sigo tudo aquilo que aprendi com a minha família. Mas se estou com uma má consciência, me sinto culpado por não estar correspondendo aos aprendizados do meu sistema familiar.
Consciência Coletiva
A Consciência Coletiva está no nível mais profundo que a Individual.
Aqui percebemos que participamos de vários sistemas distintos: família de origem, escola, trabalho, amigos, relacionamento afetivo, etc. E é nessa consciência que entramos nos conflitos com outras pessoas ou situações.
Aprendemos aqui que cada pessoa tem sua Consciência Individual e traz a sua verdade, de acordo com o que aprendeu no seu primeiro sistema, o da família. E quando se encontra com “outras verdades”, nem sempre é fácil lidar com aquilo que o outro traz na bagagem.
Encontrar-se com a verdade interna de cada um é um dos nossos desafios nas relações que participamos, porque é possível ver o outro com tudo aquilo que ele tem e mostrar-lhe o que temos também como nossa verdade interna.
O julgamento dos outros
Voltando ao exemplo anterior sobre tomar café com leite e não ter o leite no ambiente de trabalho, é possível que essa pessoa fique guardando o desejo e não consiga expressá-lo ou então, percebe que há julgamentos de alguém dentro do ambiente de trabalho sobre tomar café com leite e ao longo do tempo, desenvolva uma depressão ou algum desequilíbrio no sistema digestivo.
Mas ela não sabe na consciência que esse sintoma está ligado a uma falta de harmonia dela em relação ao sistema familiar e ao ambiente de trabalho.
Então, ela vai fazer uma constelação e lá percebe que o sintoma era algo que ela levou pro nível mais profundo porque não conseguiu se expor diante do ambiente de trabalho, levando sua garrafa com leite para ser misturado ao café. Ou então, aprender a tomar café puro enquanto está no trabalho e tomar sua mistura em casa.
O terapeuta então, traz o cliente para essa clareza de que não necessita mais ficar doente por não conseguir se expressar de uma maneira mais assertiva.
Consciência Ampla ou Espiritual
Imagine um círculo bem grande…
Ele representa a Consciência Ampla.
E dentro desse círculo há um outro, o da Consciência Coletiva.
Agora dentro desta consciência, tem um outro círculo, o da Consciência Individual.
A Consciência Ampla envolve as outras Consciências e traz a informação do TODO. Somos parte do TODO. Aqui já não há julgamentos e participamos juntos de um nível mais espiritual (não religioso).
O maior objetivo dentro de uma constelação sistêmica é alcançar esse nível de consciência. É conseguir levar o cliente a ter um novo olhar sobre o mesmo assunto e não querer mudar o que já aconteceu e sim, concordar com o que foi e com os recursos utilizados.
E quando chegamos a esse estado, conseguimos respeitar e concordar com o destino do outro com mais sabedoria.
Como funciona a Consciência Ampla
Para exemplificar essa consciência, trago aqui o evento ocorrido nessa semana na cidade de Petrópolis, no Rio de Janeiro. Por conta do volume intenso de chuva, várias casas foram atingidas por uma grande avalanche, deixando mais ou menos 200 pessoas mortas e várias desabrigadas. Um verdadeiro caos, deixando parte da cidade de Petrópolis sem água e luz.
E o que pensamos disso? Culpa do governo que não investe recursos para conter as encostas? Pessoas construíram em lugares com risco de desabamento?
Essas e outras tantas perguntas fazem parte do nosso contexto cultural do julgamento. Mas sem retirar a responsabilidade das autoridades, façamos uma reflexão a nível sistêmico neste instante.
Estamos passando por um período de mortes coletivas e ainda não entendemos na consciência o motivo dessas tragédias mas dentro de uma Consciência Maior, essas pessoas estão ligadas por uma vibração energética onde estão a serviço de querer mudar/ curar algo dentro do sistema e não trazem a clareza de que não precisam pagar com a própria vida. Mas elas seguem naquele amor inocente, aquele que vimos nas Ordens do Amor. E assim, pagam um preço alto, com a vida.
E qual é a nossa postura dentro da Consciência Ampla em relação a esse exemplo?
Saber que há uma responsabilidade do governo para criar métodos de prevenção e evitar novas tragédias. E também, fazermos uma reverência a todas essas pessoas que não alcançaram recursos para mudar essa possibilidade.
É conseguir incluir no coração a dor e o destino de cada um envolvido nessa tragédia.
Assim alcançamos a Consciência Ampla, aquela que nos liga aos outros de uma maneira muito mais respeitosa e amorosa.
Elaine Assis
Consteladora Sistêmica
por Elaine Assis | fev 22, 2022 | Blog |
“ O Amor é terapia, no mundo não há nenhum outro tratamento senão o Amor. É sempre o Amor que cura, porque o Amor faz você inteiro”. (Bert Hellinger)
Muitas vezes na infância nos deparamos com muitas perguntas sobre o nosso sistema familiar. Por exemplo: por que meu pai nunca fala da família dele? Como minha mãe se sentiu quando o pai dela foi embora e sua mãe teve que trabalhar fora para sustentar os filhos pequenos? Por que só vamos a casa de uma determinada tia e outra não?
E assim, podemos continuar com a lista de perguntas… e a criança cresce muitas vezes sem respostas e se torna um adulto ligado àquelas perguntas.
Herdando as memórias do sistema familiar
Participamos de um sistema familiar complexo e com muitas memórias. Recebemos essas memórias durante a gestação e vivemos com elas através das nossas células.
Desde o nascimento sentimos “endividados”, de uma maneira inconsciente aos nossos pais e ancestrais. Isso se dá porque houve um gasto de energia para manter a gestação e passar pelo processo de parto, onde a mulher passa por uma experiência de risco de morte. Assim, ficamos com a sensação de ter que devolver algo à família de origem.
Assim, queremos ao longo da vida, “resolver” questões que não foram completamente curadas na história do nosso sistema familiar e nos envolvemos em situações no cotidiano que nos ligam àquelas memórias. Então entramos em conflitos na certeza (inconsciente) que estamos ajudando ou compensando algo para ajudar nossa família.
A essa atitude Hellinger chama de amor infantil ou inocente. Toda criança fica muito disponível a ajudar o sistema a ponto de dar a própria vida como recompensa a tudo o que recebeu.
Vamos ver nos níveis de consciência que não há espaços vazios nas memórias do sistema familiar. Mas como pertencemos a uma família com muitas exclusões e esquecimentos, sempre fica algum vazio e quem vai querer cobrir essa lacuna será alguém em alguma geração posterior.
Portanto, devemos considerar tudo aquilo que foi excluído e esquecido do nosso sistema familiar. Dessa forma, vamos conseguir entrar em equilíbrio, estando no nosso próprio lugar, mantendo a presença no aqui e agora.
Dizia Berth Hellinger:
“ O amor preenche o que a ordem abarca. O amor é a água, a ordem é o jarro. A ordem ajunta, o amor flui. Ordem e Amor atuam juntos.”
É muito importante reorganizarmos a imagem interna que temos sobre determinada situação de nosso sistema familiar. Dessa forma, as Ordens do Amor nos ajudam trazendo clareza daquela(s) memória (s) que estamos identificados, possibilitando uma nova ordem, centrando na presença.
Passamos agora a conhecer um pouco mais sobre as Ordens do Amor.
HIERARQUIA
Hierarquia é a Ordem que diz sobre o lugar de cada um dentro do sistema familiar. A princípio, Berth Hellinger percebeu através da convivência com sua família e com a tribo dos Zulus a importância de cada membro da família se manter no seu respectivo lugar, deixando em equilíbrio essa ordem.
Ela diz que, quem veio antes se torna maior, não em tamanho físico mas em tempo de vida e de experiência. Assim, todos os que vieram antes, nossos pais, avós, bisavós… têm prioridade de decisão. Isso se aplica tanto nas famílias, quanto nas empresas.
De pai para filho
Imagine você determinando o que o seu pai vai fazer com o salário que ele recebe todo mês.
Se você acha, por exemplo, que ele gasta tudo com algum vício e não paga as despesas mensais, o reflexo é querer controlar o dinheiro do seu pai. E isso dará certo por um tempo. Mas em algum momento da sua vida, você se verá resolvendo questões do seu superior dentro da empresa onde trabalha, gerando algum conflito com pessoas que estão acima de você. Além disso, quando você tiver filhos, eles aprenderão que a verdade nessa família é cuidar/ controlar/ resolver as situações que o pai não consegue resolver. Assim, o sistema familiar entende que os menores cuidam dos que vieram antes. Isso pode trazer problemas no trabalho, como no exemplo anterior, questões relacionadas à saúde e nos relacionamentos afetivos.
E quando numa constelação familiar identificamos esse comportamento, trazemos essa consciência para o presente e nos colocamos no próprio lugar, onde existe mais força. Dessa forma, também é importante concordar, no sentido de olhar essa situação de um lugar mais distante e fazer perguntas ao invés de continuar nos processos de julgamentos.
Uma maneira muito interessante de perguntar é: por que será que meu pai gasta tudo o que ganha com vício? O que ele está honrando quando quer perder tudo? Será que alguém da família dele passou fome e ele quer honrar ficando sem comida? Será que assim ele quer representar alguém que foi excluído por conta de algum vício, fazendo a mesma coisa para trazer a memória desse familiar para não ficar esquecido?
Essa é a melhor maneira de olhar a situação um pouco mais de longe e trazer clareza para consciência.
PERTENCIMENTO
No Pertencimento aprendemos a dar lugar a todos aqueles que ficaram esquecidos e/ou excluídos dentro da nossa família.
Essa ordem traz a clareza que todos têm um lugar dentro do sistema e ninguém pode ficar de fora.
Como exemplo dessa situação, aprendemos a incluir todas as gravidezes que não foram contadas (os abortos), as mães solteiras, as famílias que doaram seus filhos a adoção, os loucos, os que praticavam vícios, os que foram escravizados, os que escravizaram, os que mataram…
Quero lhe convidar a fechar os olhos nesse momento e criar uma imagem onde essas situações são acolhidas dentro do seu coração. E sinta como é dar espaço a todos os que ficaram de fora por um tempo, permitindo um lugar especial no seu coração a cada um.
EQUILÍBRIO ENTRE DAR E RECEBER
Berth Hellinger trouxe esse Pilar das Ordens do Amor através dos estudos do psiquiatra húngaro-americano Ivan Boszormenyi-Nagy.
Ele desenvolveu a abordagem contextual de psicoterapia familiar e individual. E percebeu através dos comportamentos dos pacientes que, as relações humanas são feitas por trocas. Sempre deve haver um equilíbrio naquilo que damos e recebemos nessas trocas.
Com exceção da relação entre filhos e pais, onde aqui não há equilíbrio, como vimos anteriormente. Os pais dão a vida, os filhos recebem e seguem adiante.
Mas em todas as outras situações, entramos em uma “dívida”, uma pressão natural em devolver algo em relação àquilo que recebemos de alguém, segundo a percepção de Ivan.
Todavia, é preciso ficar atento a essa situação. Não temos necessariamente que devolver algo a pessoa que nos deu algo. Mas sim, doar de alguma maneira, o que recebemos dos outros.
O que Ivan traz e Hellinger viu sentido dentro do sistema familiar é que se não houver equilíbrio entre o dar e receber, as relações se perdem de alguma maneira. A pessoa que só recebe vai embora da relação ou começa a desvalorizar demais o outro. E vemos isso com muita clareza nas relações afetivas, quando um dá mais e o outro não consegue equilibrar.
E equilibramos essa ordem quando numa constelação temos essa clareza e decidimos sair da desigualdade, onde estamos dando ou recebendo mais.
Elaine Assis
Consteladora Sistêmica
por Analu | fev 21, 2022 | Blog |
Muito se escuta falar sobre crenças limitantes atualmente. A expressão se tornou uma hashtag comum nas redes sociais e similarmente tem uma alta procura no Google.
Porém a maioria das pessoas têm apenas uma vaga noção do que significa e certamente não compreendem como essas crenças podem reger nossas vidas. Primeiramente, elas afetam desde decisões simples e do dia a dia, até as nossas grandes escolhas, temperamento, relacionamentos, saúde, carreira…
Se você já ouviu esse termo e gostaria de compreender a dimensão do que ele representa e de como afeta a sua qualidade de vida? Prepare o seu corpo para receber esse conhecimento: antes de tudo coloque-se em uma postura confortável, perceba sua respiração, e continue a leitura do texto.
Qual a origem da palavra crença?
Para compreender que é uma crença limitante, começaremos entendendo o que é crença. Certamente você conhece essa palavra então agora vamos nos aprofundar em seu significado.
O termo “crença” se origina de uma combinação de entre o latim e línguas de origem indu-europeia.
Kerd + Dhē + Ntia
Kerd – prefixo indu-europeu que faz referência ao coração;
Dhē – sílaba que remete a colocar;
Ntia – sufixo latino que indica qualidade ou característica.
Essa união pode ser traduzida como: “qualidade de colocar o coração”.
Qual a origem da palavra limite?
Agora vamos para o segundo termo da expressão, ou seja, “limitante” que remete a limite e tem origem na palavra latina limes que significa:
“caminho entre dois campos, fronteira”
Os limites, tanto físicos quanto mentais, ao mesmo tempo que nos transmitem segurança, eventualmente podam a nossa liberdade. Um limite físico, por exemplo, nos mostra até onde podemos caminhar, enquanto o social nos indica uma maneira de agir.
Entendendo o que são crenças limitantes
Como você já pode imaginar, uma crença limitante acontece quando “colocamos o coração” em verdades que nos mantém dentro de um “espaço mental”. Assim sendo, esse é um lugar que existe dentro de nossa mente.
As crenças limitantes e o inconsciente
O inconsciente é uma parte da mente que se manifesta através de sonhos e atua de maneira indireta na vida.
Sabe aquelas atitudes que você toma sem saber o porquê? Provavelmente a resposta está em seu inconsciente.
Dessa maneira, algumas influências comuns do inconsciente podem ser:
Você muda de emprego e cai em ambientes com características semelhantes ou com grupos de pessoas que se assemelham muito.
Você se atrai por pessoas com aparências, histórias de vida e gostos diferentes. Todavia, com o passar do tempo, percebe comportamentos parecidos.
O corpo está intimamente conectado ao inconsciente e reage a ele. Você já percebeu algum padrão de sintomas? Alguns podem ser por exemplo dores de barriga sempre que vai viajar ou garganta inflamada antes de reuniões importantes.
Alguns gastos inesperados surgem em momentos específicos, por exemplo pode ser quando ganha um dinheiro extra ou se prepara para tirar umas férias.
Quando crianças aprendemos muito com exemplo dos adultos ao redor. Durante a primeira infância, não há filtros para absorver os conhecimentos do mundo, então aceitamos o que é visto como verdade.
Observe se você se identifica com algum destes exemplos:
Você via adultos insatisfeitos com o trabalho
Depois de adulto, se depara sempre com ambientes de trabalho difíceis e desgastantes. Dessa maneira, talvez seu inconsciente relacione trabalho com desprazer.
Pagar as contas era algo difícil que demandava um esforço extraordinário
Atualmente você trabalha muito e encontra dificuldades arcar com suas despesas. É provável que acredite que o dinheiro está ligado a sacrifício.
Seus pais ou outros casais brigavam muito.
Você tem dificuldades em manter relações amorosas saudáveis, associa amor a violência ou sofrimento.
Todas as pessoas carregam consigo crenças limitantes, porque todos passamos por desafios na infância. Você pode transferir para os outros a responsabilidade pelas barreiras da sua vida. Ou você pode optar por liberar as crenças limitantes e viver de uma nova forma.
Liberando as crenças limitantes
O primeiro passo você deu. Descobriu que possui a capacidade de abdicar das verdades que te mantém preso e afim de transformar a realidade ao seu redor.
Para seguir adiante é importante desenvolver um olhar investigativo sobre sua realidade. Por isso pratique o desapego daquilo das suas verdades absolutas que te mantém estagnado, estagnada.
É importante buscar também o apoio de uma pessoa que está há mais tempo nesse caminho de auto-observação e autocura. Ou seja, um profissional preparado acompanhar o seu processo.
Analu Soares
Terapeuta Theta Healing